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TRANSTORNOS SOMATOMORFOS

 

      Quando essas queixas, apesar de incômodas ao paciente, não são constatadas por exames médicos, por exemplo, pelo eletrocardiograma, pelo raio x, pelos exames de sangue, etc., falamos em Transtornos Somatomorfos. Incluem-se aqui as queixas dolorosas, as palpitações, falta de ar, tonturas,etc.

 

         Transtornos Somatoformes ou Somatomorfos: são considerados transtornos psicorreativos, ou seja, aparecem sempre como uma reação a algum evento de vida, a alguma emoção. Trata-se de uma resposta do orgânico a uma vivência traumática. De certa forma aqui se incluem também os transtornos psicossomáticos.

 

         De modo geral, o Transtorno Somatoforme se caracteriza por um salto do psíquico para o orgânico, com predominância de queixas relacionadas aos órgãos e sistemas, como por exemplo, queixas cardiovasculares, digestivas, respiratórias, etc.

 

         Os problemas de Somatização normalmente envolvem a clínica médica. Os sintomas envolvem os diversos órgãos e sistemas, como por exemplo, dores no peito (sistema cardiovascular), falta de ar (sistema respiratório), cólicas abdominais (sistema gastroenterológico ou ginecológico), e assim por diante.

 

         Todos esses sintomas psicorreativos são reversíveis e não obedecem à realidade orgânica ou à fisiologia médica conhecida. Eles obedecem sim, à representação emocional que o sujeito tem de seus conflitos, de seu corpo e de seu funcionamento. Através dessa representação sintomática nada fisiológica podemos observar uma perda total da visão sem que o reflexo foto-motor se encontre alterado, ou uma lombalgia com exames neurológicos normais, tonturas com exames otoneurológicos normais e assim por diante.

 

 

 

        Vale acrescentar que nenhum desses sintomas tem algo a ver com a simulação, tratando-se, pois, da comunicação corporal de um conflito ou mobilização emocional. É a expressão de uma necessidade psicológica onde os sintomas não são voluntariamente produzidos e não podem ser explicados, após investigação apropriada, por qualquer mecanismo clínico conhecido.

 

            Na Somatização, a representação da realidade vivenciada penosa, desagradável ou traumática é reprimida para o inconsciente e sua energia psíquica é deslocada para alguma zona do corpo, convertendo-se em sintoma.

 

         A característica principal dos Transtornos Somatoformes é a presença de sintomas físicos que sugerem alguma doença orgânica ou física. A base do quadro clínico diz respeito à presença repetida de sintomas físicos associados à busca persistente de assistência médica. Apesar dos médicos nada encontrarem de anormal nos pacientes com Transtorno Somatoforme, as queixas persistem. E quando há alguma alteração orgânica, esta normalmente não justifica a queixa.

 

        Para que haja um diagnóstico de Transtorno Somatoforme deve haver, juntamente com as queixas, algum sofrimento ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional. Caso isso não ocorra estaremos diante apenas de um traço histérico de personalidade.

 

         A pergunta que sempre está presente diante de casos com somatização é quanto à intencionalidade consciente dos sintomas. Nos Transtornos Somatoformes a intencionalidade é inconsciente, ou seja, pode haver uma espécie de “planejamento” inconsciente da sintomatologia, a qual passa a se manifestar involuntariamente. Esse quadro difere da simulação, onde os sintomas físicos não são conscientemente intencionais, isto é, voluntários.

 

        Há estudos mostrando que 75% das pessoas adultas e sadias sofrem algum tipo de dor ou de mal estar num prazo de uma semana. Isso quer dizer que, em condições normais, o ser humano costuma apresentar alguma queixa sobre si mesmo e isso não se constitui em nenhum transtorno psiquiátrico (White KL, Williams TF, Greenberg BG. The ecology of medical care. N Eng J Med 1961; 265: 885-892). Entretanto, devemos pensar em um diagnóstico de Somatização, apenas quando a pessoa que se queixa acredita estar sofrendo de um problema orgânico e busca diagnóstico e tratamento médico persistentemente. Nesses casos parece haver uma relutância do paciente em aceitar as seguidas negativas dos médicos quanto a possibilidade de não haver nenhuma doença física.

 

 

 

        Somatização a rigor, significa passar para o somático, físico ou corpóreo, somatizar. Normalmente essa expressão não deve ser tomada exclusivamente como se tratasse de alguma categoria diagnóstica específica. A somatização aparece na medicina em geral e na psiquiatria, em particular, muito mais como um sintoma, encontradiço em muitos estados emocionais, do que como uma doença específica.

 

 

 

        Quem trabalha em saúde está familiarizado com aquele tipo de paciente que apresenta queixas múltiplas, imprecisas, confusas e difusas. Normalmente começam dizendo “... não sei nem por onde começar doutor.” Essas pessoas costumam se sentir inconformadas com resultados negativos dos muitos exames que se submetem.

 

 

 

          A categoria diagnóstica dos Transtornos Somatoformes e suas subdivisões (Transtorno de Somatização, Somatoforme de Dor, Disfunções Neurovegetativas, etc.) abrangem uma série de pacientes cujos sintomas correspondem a respostas somáticas, indicadoras de alterações emocionais e supervalorizadas através de ampliações das sensações corporais.

 

          A característica principal do Transtorno de Somatização é a elaboração de múltiplas queixas somáticas, recorrentes e clinicamente significativas. Uma queixa é considerada clinicamente significativa quando resulta ou acaba determinando algum tratamento médico. Também pode ser considerada clinicamente significativa quando é capaz de causar algum prejuízo no funcionamento social ou ocupacional da pessoa.

 

          No Transtorno de Somatização normalmente há uma história de dor incaracterística e de difícil explicação médica que acomete predominantemente a cabeça, as costas, articulações, extremidades, tórax, e/ou uma história de comprometimento nas funções de órgãos, como por exemplo, em relação às menstruações, ao intercurso sexual, digestão, funcionamento intestinal, etc.

 

         As queixas do Transtorno de Somatização freqüentemente levam o paciente a muitos exames médicos, radiográficos, tomográficos e mesmo a cirurgias exploratórias desnecessárias, até porque essas queixas são formuladas em termos dramáticos, são eloqüentes e exageradas ou, curiosamente, ao extremo contrário, ou seja, completamente indiferentes à sugerida gravidade do problema. Freqüentemente as pessoas portadoras do Transtorno de Somatização têm um histórico de hospitalizações e extensa trajetória médica, muitas vezes buscando tratamento com vários médicos ao mesmo tempo.

 

         Concomitantemente, sintomas proeminentes de ansiedade e humor depressivo são muito comuns, podendo ser até a razão principal para o atendimento médico. Os transtornos Depressivos e de Pânico podem estar associados com muita freqüência.

 

         Existem numerosos sintomas físicos e variados, contínuos e queixados no dia-a-dia que caracterizam mais a maneira desse paciente ser do que uma maneira nervosa dele estar. Assim sendo, os somatoformes são pacientes poliqueixosos, com sintomas sugestivos de muitos problemas de saúde, mas que não se confirmam pelos exames médicos habituais.

 

 

 

          Os sintomas da somatização podem aparecer como quadros dolorosos incaracterísticos, queixas cardíacas e circulatórias que não se confirmam por exames especializados, distúrbios digestivos e respiratórios, enfim, por queixas que refletem alterações em qualquer sistema funcional, mas raramente se confirmam por exames clínicos ou de laboratório. Nota-se sempre, inclusive com reconhecimento pelo próprio paciente, de variação na intensidade das queixas conforme alterações emocionais, embora a maioria deles insista em discordar do ponto de vista médico que aponta para a possibilidade psíquica dos sintomas.

 

 

 

          Nas características psicológicas associadas ao Distúrbio de Somatização encontramos com freqüência o humor depressivo e, em segundo lugar, o Transtorno Histriônico da Personalidade. Habitualmente os sintomas iniciam-se entre os 10 e 20 anos e, nas mulheres, é comum que problemas menstruais (Dismenorréia) sejam a primeira queixa.

 

 

 

          Mesmo diante da suspeita do Transtorno de Somatização o médico deve, obrigatoriamente, excluir a existência de alguma doença orgânica real. Não deve ser negligenciada a possibilidade, mais que comum, dos pacientes somatizados clássicos portarem, simultaneamente, algum outro transtorno clínico orgânico. Desta forma, ressalta-se para o diagnóstico do Transtorno de Somatização puro a inexistência de alguma patologia orgânica real. Para o diagnóstico do Transtorno Somatização é importante que os sintomas causem sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes. Depois deste procedimento clínico podemos observar uma extensa lista de sintomas possíveis de refletir uma somatização:

 

 

 

SINTOMAS DO TRANSTORNO DE SOMATIZAÇÃO

 

1 - vômitos

 

2 - palpitações

 

3 - dor abdominal

 

4 - dor torácica

 

5 - náuseas

 

6 - tonturas

 

7 - flatulência

 

8 - ardência nos órgãos genitais

 

9 - diarréia

 

10 - indiferença sexual

 

11 - intolerância alimentar

 

12 - dor durante o ato sexual

 

13 - dor nas extremidades

 

14 - impotência

 

15 - dor lombar

 

16 - dismenorréia

 

17 - dor articular

 

18 - outras queixas menstruais

 

19 - dor miccional

 

20 - vômitos durante a gravidez

 

21 - dor inespecífica

 

22 - falta de ar

 

 

 

 

 

 

 

 

 

             A manifestação emocional somatizada não respeita a posição sócio-cultural do paciente, como podem suspeitar alguns, não guarda também relação com o nível intelectual, pois, como se sabe, a emoção é senhora e não serva da razão. O único fator capaz de atenuar as queixas é a capacidade da pessoa expressar melhor seus sentimentos verbalmente. Quanto maior a capacidade do indivíduo referir seu mal-estar emocional através de discurso sobre o que sente, como por exemplo, relatando sua angústia, sua frustração, depressão, falta de perspectiva, insegurança, negativismo, pessimismo, carência de carinho e coisas assim, menor será a chance de representar tudo isso através de palpitações, pontadas, dores, falta de ar, etc. Entre os próprios médicos ainda é muito forte a idéia de que o paciente somatizador tenta enganá-los ou procede de má-fé. Às vezes e intimamente, o médico se aborrece porque as queixas somatiformes não obedecerem o que ele aprendeu nos livros tradicionais de medicina e, tão diferentes assim eles passam a representar um desafio a seus conhecimentos científicos e fisiopatológicos.

 

 

 

            O Transtorno Somatização é um transtorno crônico e flutuante mas raramente apresenta remissão ou cura completa. É raro passar um ano sem que o indivíduo busque algum atendimento médico, normalmente levado por queixas somáticas medicamente inexplicáveis. Os critérios de diagnóstico tipicamente são satisfeitos antes dos 25 anos, mas os sintomas iniciais freqüentemente estão presentes desde adolescência. Os sintomas sexuais freqüentemente estão associados com desajuste conjugal.

 

 

 

 

 

          No Transtorno de Somatização existem as queixas, mas não existem alterações clinicamente constatáveis, como por exemplo, existe a falta de ar sem o broncoespasmo ou a sensação de lipotímia sem queda da pressão arterial. Teríamos uma palpitação sem aumento da freqüência ou uma dor sem alterações orgânicas.

 

        

 

         Sintomas e Síndromes comumente relatados por pacientes com

 

TRANSTORNOS SOMATOMORFOS

 

 

 

 

 

1 - Sintomas gastrointestinais:

 

 

 

  • Ø Vômitos
  • Ø Dor abdominal
  • Ø Náuseas
  • Ø Distensão abdominal e excesso de gases
  • Ø Diarréia
  • Ø Intolerância alimentar

 

2 - Sintomas dolorosos:

 

 

 

  • Ø Dor difusa (“sou inteiramente dolorido”),
  • Ø Dor nas extremidades
  • Ø Dor nas costas
  • Ø Dor articular
  • Ø Dor durante a micção
  • Ø Cefaléia

 

 

 

3 - Sintomas cardiorespiratórios:

 

 

 

  • Ø Falta de ar em repouso
  • Ø Palpitações
  • Ø Dor no peito
  • Ø Tonturas

 

 

 

4 - Sintomas pseudoneurológicos:

 

 

 

  • Ø Amnésia
  • Ø Dificuldade para deglutir
  • Ø Perda de voz
  • Ø Surdez
  • Ø Visão dupla ou borrada
  • Ø Cegueira
  • Ø Desmaios
  • Ø Dificuldade para caminhar
  • Ø Pseudocrises epilépticas
  • Ø Fraqueza muscular
  • Ø Dificuldade para urinar

 

 

 

5 - Sintomas dos órgãos reprodutivos:

 

 

 

  • Ø Sensações de queimação nos órgãos sexuais
  • Ø Dispareunia
  • Ø Menstruação dolorosa
  • Ø Ciclos menstruais irregulares
  • Ø Sangramento vaginal excessivo
  • Ø Vômitos durante toda a gravidez

 

 

 

6 - Síndromes:

 

 

 

  • Ø “Alergias alimentares” vagas
  • Ø Precordialgia atípica
  • Ø Síndrome da articulação temporomandibular (ATM)
  • Ø “Hipoglicemia”
  • Ø Síndrome da fadiga crônica
  • Ø Fibromialgia
  • Ø “Deficiência vitamínica” vaga
  • Ø Síndrome pré-menstrual
  • Ø Múltipla hipersensibilidade química.

 

 

Fonte: www.medicina.net

 

 

 

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